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Música

Por Dentro do Álbum de 100 Mil Cores do Hot Chip

Nick Relph e Matthew Cooper contam como usaram um algoritmo customizado para gerar a arte de 'Why Make Sense?'.

Imagens cortesia de Matthew Cooper.

Não se assuste quando pegar uma cópia do novo álbum do Hot Chip Why Make Sense? (que será lançado em 18 de maio pela Domino Records) e perceber que a pessoa do seu lado tem o mesmo álbum, tirando que parece sutilmente (ou completamente) diferente. Desenhado por Nick Relph e Matthew Cooper, a capa do álbum vem em 501 cores, com mais variações em sua imagem gráfica. Descrito como uma “técnica de impressão única e sob medida”. Relph e Cooper usaram um algoritmo para aleatoriamente alterar as cores e imagens do álbum para cada vinil impresso, resultando em milhares de combinações diferentes.

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GIF cortesia da Domino Records. 

Cooper recentemente conversou com o The Creators Project sobre o design de Why Make Sense? e sua técnica de impressão. Enquanto isso acabou se tornando um processo bem complicado, ele observou que Relph tinha um conceito livre para a capa.

“Uma coisa que Nick me disse sobre quando ele estava pensando as primeiras ideias para a capa é que ele tentou ignorar o título do álbum, What Makes Sense?”, disse Cooper. “Tudo que ele pensava era negativo, então eu não acho que o título teve muita influência no projeto final.”

Relph finalmente se estabeleceu em um modelo moiré inspirado no trabalho de ilusão de ótica da artista inglesa Bridget Riley. O crítico de arte Robert Melville uma vez disse, “nenhum pintor, vivo ou morto, nos fez mais conscientes de nossos olhos do que Bridget Riley”. Em um sentido similar, o padrão moiré de Relph faz quem olha muito consciente de seus olhos, que então foca sua atenção nas cores e variações gráficas de What Makes Sense? – se, claro, eles estiverem folheando o vinil em uma loja de discos.

“Nick estava bem interessado nas variações serem bem sutis”, disse Cooper. “Você tem centenas e centenas de cores diferentes, mas a diferença em tons e sombras de algumas dessas cores é muito próxima”. As linhas verticais gráficas são fixadas, de acordo com o Cooper, enquanto o algoritmo altera a orientação das tinhas diagonais. Algumas das linhas diagonais quase ficam verticais, enquanto outras cortam quase 90 graus.

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Cooper explicou que o truque foi enviar informação de cores e amostras de variações gráficas do InDesign para uma planilha do Excel de uma forma que poderia ser reconhecida pela impressora. Enquanto ele Relph idealizaram seu próprio jeito de fazer isso, Cooper não soltou muitos detalhes – ele não quer qualquer Tom, Dick e Harry replicando o processo.

“Se você estiver segurando em suas mãos, tem uma ilusão de movimento como uma pitura da Bridget Riley… e se você for folheando as prateleiras de vinis em uma loja de discos, você pode achar dois que se parecem muito muito próximos”, ele acrescenta. “Da mesma forma que se você pegasse dois discos normais ou capas de CDs e olhasse para elas, diria ‘espere aí, este tem um grão de poeira sobre ele, e este tem uma cor ligeiramente diferente, porque foi feito no início da tiragem’.”

Enquanto a capa de Why Make Sense? é visualmente atrativa e conceitualmente satisfatória, o potencial número de variações de design também é matematicamente intrigante. Cooper disse que um número total de possibilidades aleatórias de interações de cores e imagens supera 130 mil. Em outras palavras, é um verdadeiro “encontro de mentes” ente homem e máquina.

Why Make Sense do Hot Chip sai dia 18 de maio pela Domino Records.