Arielle Bobb-Willis tinha 14 anos quando se mudou de Nova York para a Carolina do Sul, nos EUA. A transição de uma metrópole movimentada para uma cidade pequena foi difícil e cobrou um preço de sua saúde mental. Mas, em sua nova escola, ela encontrou uma fonte de alívio: uma aula de imagens digitais. Lá ela aprendeu a usar o Photoshop, fotografia e a arte como mecanismo para lidar com sua depressão.
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“Eu não tinha as ferramentas certas para passar por uma mudança tão drástica quando era tão jovem, e acabei desenvolvendo depressão e despersonalização”, me disse Bobb-Willis. “Meu professor de história viu como a fotografia me deixava feliz, me deu minha primeira câmera, e depois disso fiquei viciada! Quando comecei, fui inspirada por como a fotografia te permite ter controle sobre momentos do seu dia.”
Ao fotografar cores vibrantes em luz saturada, ela desenvolveu um estilo inspirado em pintores afro-americanos como Jacob Lawrence e Benny Andrews. Bobb-Willis usa roupas monocromáticas encontradas em brechós, modelos diversos e luz forte para montar cenas abstratas que exploram o movimento humano.
“Alguém me disse uma vez que depois de um episódio depressivo, cores são uma das primeiras coisas que voltam para você”, diz Bobb-Willis. “Estou constantemente buscando momentos no meu dia que são calmantes e vibrantes ao mesmo tempo. Sou atraída por esses momentos de cor e luz porque por muito tempo esqueci que esse tipo de imagem ou até de realidade estava por toda parte. Meu trabalho agora sou eu aceitando o lado divertido da minha vida e sinto muito orgulho disso.”