FYI.

This story is over 5 years old.

Games

O Nintendo Labo me fez querer brincar de LEGO de novo

É muito divertido brincar com papelão, especialmente quando ele faz barulhos de gato.
Todas as imagens pela autora.

Matéria originalmente publicada no Waypoint.

O anúncio do Labo algumas semanas atrás me deixou curiosa. É basicamente uma nova linha de brinquedos faça-você-mesmo e jogos de Switch baseados nesses brinquedos. Um projeto Labo é basicamente um kit simples de construção em papelão que você monta, depois usa junto com os controles do Switch e a tela do console.

Como acabei de sair de um evento da Nintendo em que a empresa apresentou sua nova empreitada meio-papelão-meio-game, posso dizer com certeza que a montagem do kit em si é ridiculamente divertida.

Publicidade

Deve ser a criança viciada em LEGO dentro de mim, aquela que passava horas montando, desmontando e brincando com as criações, mas pegar essas peças elaboradas de papelão e fazer, digamos, carrinhos de controle remoto ou varas de pescar é muito, muito divertido.

O primeiro projeto apresentado para nós era um carrinho de controle remoto. Para construir, você usa o Switch (que tem instruções interativas e bastante detalhadas) e folhas de papelão. Você faz as dobras exigidas para a criação da caixa, passo a passo. Depois brinca com ela!

Você também pode decorar a obra como quiser. Esse era o meu carrinho:

O carrinho de controle remoto funciona colocando os controles nos lados da peça, depois controlando pelo gamepad. Você também pode fazer isso no modo para dois jogadores: meu colega de construção e eu começamos a brincar com corridas improvisadas e até uma luta de sumô. Os controles do carrinho não são exatamente precisos (um lado acaba atrapalhando o outro), mas tem uma configuração de “calibragem” que ajuda nessa parte. Tem também um rastreador de movimento, então você pode fazer o amiguinho seguir, digamos, sua mão.

Em seguida, experimentamos a bem mais elaborada vara de pescar, que provavelmente tem quatro vezes mais passos (e partes!) que o carrinho. Meu colega e eu fomos os primeiros a experimentar com o projeto terminado, um fato que tentamos não esfregar na cara das crianças de verdade na sala.

Publicidade

E é aqui que as coisas ficam divertidas. A arquitetura ligeiramente mais intrincada desse toycon realmente acordou meu lado LEGO adormecido. Gostei do processo de construção e descobrir que partes faziam o que antes de ver as instruções, e não tenho vergonha de dizer que soltei vários “uau!” no processo.

Aí tivemos a oportunidade de testar os jogos associados aos brinquedos. Aqui as limitações do Labo começaram a ficar mais evidentes. Apesar de serem muito divertidos de mexer, nada parece que vai prender a atenção de ninguém, criança ou adulto. O jogo do robô provavelmente é o mais elaborado, já que você usa uma mochila, visor e acessórios para os pés de papelão para poder pisotear e socar numa cidade virtual. É divertido, mas imagino que a menos que haja mais objetivos concretos e sistemas de progresso, até os robô mais ardente vai enjoar do jogo rápido.

Gostei bastante do brinquedo de piano, principalmente porque você pode tocar notas que parecem miados de gato.

Eu estava pronta para sair da minha demonstração do Labo com sentimentos mistos: construir os brinquedos era legal, mas os videogames? Meh.

Mas aí eles mostraram o Labo Garage no final, que abriu muitas possibilidades. Essencialmente, o Garage é uma ferramenta simples de programação que te permite programar e reprogramar seus brinquedos para interagir de jeitos completamente diferentes. Na demonstração, nos mostraram um método de remapear os controles para brinquedos de moto para realmente dirigir o carrinho de controle remoto.

Publicidade

Isso basicamente abre o Switch e seus controles para experimentação, com ou sem os kits de papelão em si. Nossos colegas de demo mostraram a possibilidade de programar os controles como um tipo de MIDI (usado primariamente com o kit de piano), com uma guitarra de papelão – não um kit Labo, só um pedaço de papelão decorado para parecer uma guitarra. Num vídeo curto, uma vassoura era usada para ligar dois controles para fazer um instrumento ainda mais maravilhosamente tosco.

A possibilidade de acrescentar funcionalidade para… bom, qualquer coisa me deixou excitada com o potencial do brinquedo. Posso imaginar fazer uma mini keytar estilo Dagolier, ou, viajando ainda mais, uma roupa espacial com controles de efeito sonoro. Se eu fosse mesmo criança, eu ficaria muito empolgada com as possibilidades para as minhas caixas de papelão comuns depois disso.

Não sei se o Labo é para mim (meus bichos de estimação adoram o gostinho de papelão, então os brinquedos não durariam uma hora). Mas eles são divertidos de montar, e a funcionalidade Garage é definitivamente algo com que vale a pena brincar, mesmo que os minigames principais tenham me deixado com vontade de voltar para o papelão.

Siga a VICE Brasil no Facebook, Twitter e Instagram.