Entretenimento

Pelo jeito o Joaquin Phoenix não curtiu interpretar o Coringa

Numa entrevista para o 'New York Times', o ator icônico detalhou perda de peso drástica, abandonar o set no meio de cenas e muito clima ruim em geral.
JT
Chicago, US
MS
Traduzido por Marina Schnoor
Joaquin Phoenix Had a Grueling Time Playing the 'Joker’
Warner Brothers

Quando Joaquin Phoenix foi oficialmente escalado como o vilão da DC Comics no thriller de Todd Phillips Coringa, a notícia não foi um choque, considerando o vasto currículo do ator interpretando solitários problemáticos em filmes como Ela, Você Nunca Esteve Realmente Aqui e Vício Inerente. Mas agora, depois de ler a entrevista sombria e controversa para o New York Times com o astro de 44 anos, é difícil imaginar outra pessoa querendo interpretar o papel icônico. Segundo a matéria, a encarnação de Phoenix do papel aparentemente foi tão triste quanto o tema: Arthur Fleck, um palhaço de aluguel deprimido de Gotham City que se volta para o crime depois de ser massacrado pela sociedade.

Publicidade

Falando com o jornalista Dave Itzkoff (que aparentemente teve que lidar com respostas pouco simpáticas como “Nem sei o que você acabou de dizer”, que supostamente foi rosnada), Phoenix detalha sua experiência no set de Coringa. Ele explicou que logo no começo, ele teve algumas divergências com o diretor Todd Phillips (Se Beber, Não Case!, Um Parto de Viagem, Cães de Guerra) sobre quanto seu personagem deveria pesar. Phoenix, que teve problemas ao perder peso para papéis como O Mestre, lembra de dizer, “É um jeito horrível de viver. Acho que ele deveria ser mais pesado. Mas o Todd dizia 'Acho que você tem que ser uma pessoa realmente magra'”. Phoenix acabou perdendo chocantes 23 quilos para o papel.

E não foi só isso. Mais pra frente no papo, Phillips revelou que, em certos pontos durante a filmagem, Phoenix simplesmente se levantava e ia embora, assustando seus coadjuvantes. Phillips explicou para o New York Times: “No meio de uma cena, ele simplesmente ia embora. E os coitados dos outros atores achando que o problema era com eles, mas nunca era com eles – era sempre ele, ele não estava no clima”. Mas o ator Robert De Niro, cujo próprio trabalho em Taxi Driver inspirou o tom de Coringa, não viu nada disso, dizendo “Joaquin estava muito intenso no que estava fazendo, como deveria. Não tinha nada para falar, pessoalmente, fora 'Vamos tomar um café'. Vamos fazer outra coisa”. De qualquer maneira, não parece um ambiente de trabalho particularmente descontraído.

Outra questão com Phoenix durante a filmagem de Coringa foi quão próximo o filme ficou da mitologia dos quadrinhos, especialmente como os personagens de Thomas Wayne (Brett Cullen) e seu filho, Bruce (Dante Pereira-Olson), que cresce para ser o Batman, aparecem no filme. Segundo Phillips, “[Phoenix] nunca gostou de dizer o nome Thomas Wayne. Seria mais fácil pra ele se o filme se chamasse 'Arthur' e não tivesse nada a ver com essa coisa. Mas no final das contas, acho que ele atendeu e apreciou isso”. A aceitação de Phoenix é uma boa notícia, já que o filme parece ser um dos maiores deste ano. Ele ganhou de surpresa o Leão de Ouro no Festival de Veneza e está sendo ansiosamente aguardado antes de chegar aos cinemas em 4 de outubro. Leia a entrevista (em inglês) de Itzkoff completa aqui.

Siga a VICE Brasil no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.